21 de junho de 2015

Sobre a relatividade



Eu não sei vocês, mas eu acredito que absolutamente tudo nessa vida é relativo. A beleza, a tristeza, o modo como enxergamos as cores, como interpretamos as coisa… Mesmo que você encontre alguém que veja o mesmo amarelo que você vê, isso não significa que ela também vai enxergar todo o resto do mundo do mesmo modo que você enxerga.
 É por isso que há tantas pessoas diferentes por aí. Diferentes em incontáveis sentidos. Há muito do mundo que não conhecemos porque sempre procuramos o que se aproxima mais do que somos. Estamos constantemente procurando alguém que enxergue o nosso amarelo, mas nos recusamos a enxergar as outras cores.
 Não estou dizendo que todo mundo é babaca e que não pensa fora da caixinha. Não. Na verdade, tem muita gente por aí que entende que o mundo não é uma fábrica de produção em massa e que por isso as pessoas não são todas iguais.
 Acredito que nós estamos em constante processo de descoberta e aceitação. Estamos sempre descobrindo o mundo que nos cerca e a nós mesmo, para depois aceitar o que cabe a nós aceitar em relação ao mundo, e aceitar quem nós somos.
 Eu entro todos os dias nesse processo de me descobrir e me aceitar, para que então os outros possam fazer o mesmo por mim, para que eu mostre a eles quem eu sou e que eles me aceitem assim. Porque, como eu posso esperar que alguém me aceite se eu mesmo não faço isso?
 Mas voltando no lance da relatividade. Uma coisa tem me perturbado ultimamente, e isso tem muito a ver com toda a história de aceitação e tudo mais…
 O bem e o mal também são relativos. É como aquela velha história do: “o que é bom para você pode não ser bom para mim”. A gente pode ver exemplos disso só ligando a TV. Inúmeras coisas ruins ocorrendo “pelo bem do país,/do planeta/da família tradicional brasileira”. E lá vem de novo o: “o que é bom para você pode não ser bom para mim”.
 Agora, convenhamos. Qual seria a graça se todo mundo pensasse igual? 


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