Oi gente, tudo bem com vocês?
Depois de muito tempo, voltei com a resenha prometida no último vídeo!
Mudar de cidade sempre é difícil, mas fazer isso na adolescência é algo que deveria ser proibido. Como começar de novo em um lugar onde todos já se conhecem, onde os grupos já estão formados, onde ninguém sabe quem você é? A princípio, Priscila não gosta da ideia, mas aos poucos percebe que pode usar isso a seu favor, tendo a chance de ser alguém diferente. Mas será que o papel escolhido é aquele que ela realmente quer representar? Aos poucos, Priscila percebe que o que importa não é o lugar, e sim as pessoas que vivem nele. E que, além da nova cidade, há algo mais importante para se conhecer: ela mesma.
Priscila é uma garota que acabou de fazer 13 anos e não está animada de morar em Belo Horizonte, Minas Gerais. Ela teve que deixar o pai e o irmão, metade dos animais, e as amigas, em São Paulo. Além de tudo isso, ainda teve que mudar de escola na adolescência (coisa que todo mundo sabe que é horrível). Mas o que ela não sabe, é que há males que vem para o bem (um ditado que minha mãe fala ás vezes), e ela pode acabar encontrando tudo o que precisa alí mesmo, no lugar onde está agora. Inclusive o amor (em forma de um menino fofo que toca bateria, escreve poemas e ama animais, chamado Rodrigo).
Eu não conhecia muito a personalidade da Pri, porque ela pouco aparece em Fazendo Meu Filme, outra série da Paula. De início me identifiquei, porque a garota AMA seriados (eu também) e gosta de animais (eu também). Ela é uma protagonista muito intensa e impulsiva, mas é uma boa pessoa.
Foi muito legal saber sobre as personagens já conhecidas em FMF de outra forma, antes de tudo aquilo que já conhecemos acontecer. A gente descobre outro lado das personagens e ainda relembra alguns pontos marcantes dos mesmos (tipo o bom humor do Leo, que nesse livro faz cada brincadeira com a Pri e o Rô que me fez ter vergonha alheia). Também aparecem personagens novos, como a Samantha, a namorada do irmão da Pri, o Arthur. Ela é muito engraçada e doidinha! Deu dicas para a Priscila avançar a vida amorosa (apesar de eu não concordar com alguns dos conselhos...) e se tornou uma ótima confidente!
Não posso deixar de comentar sobre os poemas do Rodrigo (que são todos originais, escritos pela própria Paula)! Gente, que menino talentoso! Além de ter ótimo gosto musical (o que rendeu músicas lindas para a "trilha sonora" do livro), ele ainda é profundo na escrita. Onde a gente acha um desses?? Haha'
Outro ponto positivo (e já conhecido de FMF) é o início de cada capítulo com uma frase de seriados que a Priscila assiste. Eu até me empolguei e já anotei uns pra depois procurar na internet e assistir também (aliás, já comecei a ver "My So-Called Life", um seriado extinto antigo liiiindo! Recomendadíssimo, vou ver se faço um post aqui sobre ele um dia!).
"Naquela época eu ainda não sabia que ser conquistada era muito melhor. E foi isso que o Rodrigo fez comigo. Ele chegou devagarinho e, sem querer, descobriu meu ponto fraco, me pegou pela curiosidade, e - muito mais do que me mostrar quem ele era - me fez enxergar quem eu sou. Ao lado dele, sou uma pessoa melhor. Eu não precisei fazer joguinhos, nem usar de artimanhas [...]. Eu só precisei ser eu mesma para que ele gostasse de mim..." p. 216.
Resumindo: o livro é daqueles que te deixa ansiosa para o próximo capítulo, que te faz gritar e torcer pela Pri, e que te arranca suspiros... Não é um romance água-com-açúcar, mas também não é um livro sem romance nenhum, é na medida certa.
Só preciso comentar rapidinho: assim como "Fazendo Meu Filme 1", eu li o livro em terra mineira, então ficava o tempo todo animada por estar lendo uma história que se passava no lugar onde eu estava! XD
Bjs, pessoal!
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