23 de outubro de 2017

[Blogagem Coletiva] Uma História Tenebrosa (ou não)!

Voltei com o post de hoje tendo assunto principal a blogagem coletiva do mês de outubro. Acabei não participando do mês de setembro porque não achei nada de interessante pra falar sobre o tema proposto (talvez eu tenha travado. Não sei), mas esse mês estamos de volta!



Esta postagem faz parte da Blogagem Coletiva do mês de Agosto do Together, um projeto para unir a blogosfera! Para saber mais, CLIQUE AQUI!








Bom, o tema desse mês é escrever uma história "de terror" sem saber quais são as informações pedidas (ex: a Shana - dona do Togheter - fez um roteiro e nós temos que escrever a história baseada nas perguntas propostas nele, mas a graça é não ler o roteiro antes, e ir respondendo na hora em que for escrever, entenderam?). 
Achei interessante e gosto de contar histórias. Só tive a "oportunidade" de escreve ruma história de terror uma única vez na minha vida, então não esperem grandes coisas, mas vou tentar meu melhor. Se alguém ficar assustado depois me conta aí o/

♦ ♦ ♦

'É sábado á noite, e o pessoal decidiu pular a costumeira saída pra comer pizza/lanche, e ir em algum lugar assombrado. De início não achei uma boa ideia porque sou meio medrosa pra tudo, mas acabei aceitando porque eles prometeram que teria comida no final.
Depois de muito discutir entre eles (eu, Janet e Dani ficamos de fora, acho que qualquer lugar estava bom para nós, desde que não fosse algo extremo, tipo o cemitério. Porque 1. ele fica trancado á noite e 2. é muita falta de educação invadir aquele lugar pra "diversão"), o lugar decidido foi o supermercado no nosso bairro, que tinha fechado as portas fazia 15 dias. 
De primeira, achei que a escolha infringia a lei do "não entrar em lugares proibidos", mas eles me garantiram que não tinha nada de valor lá dentro, então não era como se o antigo dono tivesse colocado mil seguranças e alarmes, para o caso de alguém querer invadir um lugar com nada de interessante pra fazer. Ok, acabei aceitando (mesmo porque acho que eles iriam me arrastar pra lá, eu querendo ou não). Mas prometi á mim mesma que ficaria só no estacionamento.
Durante o caminho, Tom e Leo decidiram parar numa loja de R$1,99 pra comprar umas lanternas de bolso, e após uma rápida parada para a Liz ligar para um dos primos dela convidando pra vir junto, nós seguimos para o AquiBão (o nome do restaurante falido).
Assim que chegamos, Tom decidiu que teríamos que entrar sozinhos, um por um. Como ninguém se ofereceu para ser a cobaia inicial, tivemos que tirar no par ou ímpar. E é lógico, que acabou sobrando pra mim. O que fiz? Claro que não aceitei. 
Eu disse que ficaria no estacionamento, ou alguém teria que entrar comigo. Liz se ofereceu e lá fomos, esperando que o supermercado estivesse mesmo aberto, já que não havia sinal de correntes nas portas ou algo do tipo.
Liz empurrou a porta e estava mesmo aberto. Entramos, cada uma com uma lanterna na mão, de braços dados. 
Tentei ouvir algum barulho, mas depois decidi que não queria ouvir nada, porque se eu visse algum rato nos pés, eu sairia correndo dalí. Mirei a lanterna para os lados e avistei o guarda-volumes mais á frente. Do lado dele estava uma porta que dava para a sala dos funcionários, e mais ao lado, o primeiro corredor: de vinhos, sucos e bebidas no geral. Liz sugeriu que a gente fosse até o guarda-volumes primeiro, pra ver se tinha alguma coisa de interessante que alguém esqueceu de tirar.
Começamos a olhar nos nichos embaixo de balcão e... Nada de mais. Como se alguém fosse mesmo esquecer algo de valor alí...
Enquanto nos dirigíamos para o lado direito, Liz me lembrou que ela fez uma aposta com Tom, na qual nós TÍNHAMOS que trazer alguma coisa "legal o suficiente" quando saíssemos da nossa "visita". Por isso ela queria achar alguma coisa no guarda-volumes... Eu disse que a gente provavelmente tinha se ferrado, mas que talvez pudéssemos achar algo interessante na sala dos funcionários.
Seguimos direto para lá. Liz tirou uma luva do bolso - o que eu achei muito inteligente -, colocou e forçou a maçaneta da porta, fazendo com que um audível "NHÉÉÉÉÉÉC" soasse pelo lugar inteiro. Apontamos nossas lanternas para o local e era maior do que eu pensava. Toda vez que passava na frente de alguma sala dos funcionários de qualquer supermercado, eu sempre imaginava o que teria atrás daquelas portas... Acho que minha imaginação pensava que fosse algo fantástico, mas não passava de uma sala com a cor bege sem graça nas paredes, duas mesas grandes e uma máquina de café no canto esquerdo, do lado de um bebedouro. Grande coisa. 
Estávamos prestes a sair dalí quando de repente, ambas ouvimos um grunhido. Eu olhei pra Liz e Liz olhou para seus próprios pés. 
"Desculpe, comprei essa bota faz poucos dias. ainda faz barulho quando ando!", ela explicou.
Eu assenti e resolvemos sair dalí de vez. 
Continuamos andando até que, de repente, Liz me empurra para o lado e tudo fica escuro. Minha lanterna cai da minha mão e se apaga. E foi então que entrei em desespero. Comecei a gritar por minha amiga e tentar enxergar alguma coisa, mesmo com a pouca luz da lua que vinha das janelas atrás de nós. Quando estava prestes a chorar, Liz me responde bem baixinho, dizendo que tinha me empurrado para eu não cair num buraco para o qual estávamos nos direcionando. Conclusão: quem caiu foi ela. Pelo menos a lanterna dela ainda estava em suas mãos, e ela me disse que o andar de baixo era provavelmente uma parte do estoque, porque tinha muuuuuitas prateleiras e caixas de papelão em volta dela.
De qualquer forma, eu tinha que arranjar um jeito de tirar Liz daquele buraco, mas nada á minha volta parecia ser útil (como se eu pudesse enxergar muito bem também...). Tentei ouvir o pessoal do lado de fora, mas o supermercado provavelmente tinha alguma proteção á ruídos externos, então era vão continuar com esse plano.
Comecei a me virar, no local em que estava mesmo, e senti algo atrás de mim. 
Ok, pode ser só um balcão, ou algum objeto. 
Só um objeto...
Olhei para a janela mais próxima de mim e parecia que alguma nuvem estava passando em frente á lua, porque estava com certeza ficando mais escuro.
Tateei á minha volta e senti algo do meu lado esquerdo. Liz ainda gritava lá de baixo coisas que eu não conseguia entender muito bem, porque o som estava abafado. Eu precisava tirar ela de lá. Precisava sair e chamar o resto do pessoal. 
Que ideia que eles foram ter!!! Da próxima vez que isso acontecer, eu mesma me certifico de chamar a polícia e dar um susto naquele idiotas!!
A coisa ao meu lado ainda estava lá, mas eu não conseguia identificar o que era. Talvez seriam os caixas? 
Comecei a ouvir vozes. Não poderiam ser dos meus amigos, certo? Nem de Liz, porque pelo visto ela devia ter parado de falar e optou por esperar ajuda da minha parte. Ok, nada bom.
Estava começando a me desesperar de verdade, quando senti algo do balcão á minha frente. A maquininha de ler códigos de barra. Eu estava mesmo próximos dos caixas. Certo. Mas como isso ia me servir de algo? Se funcionasse, talvez a fraca luz vermelha pudesse me fazer achar minha lanterna. Não sabia como usar aquilo, mas tentei apertar qualquer botão ou achar o painel principal. Enquanto tateava o caixa, percebi que tinha me deslocado um pouco do lugar de antes. A luz da janela estava mais longe agora. 
Funcionou! A luzinha vermelha estava piscando, à espera de um código de barras! Pelo visto eles não tinham tirado tudo ainda!
Apontei aquele treco para algum lugar e achei um caderno. A capa era preta com uma estrela azul no canto inferior. 
Curiosa, decidi abrir e o nome rabiscado era o mesmo que o meu. 
Ok, coincidência demais...
Com o pouco que a luz vermelha do leitor de barras oferecia, consegui ler a data: 33 anos atrás. A dona do diário afirmava que precisava de ajuda e que tinha que voltar para "o seu mundo", senão ficaria reprisando o mesmo dia, todos os dias, para todo o sempre.
Não acreditei, óbvio. 
Mas gostaria de saber o que aquela coisa estava fazendo alí, num supermercado abandonado. Nada me vem á mente, e decido deixar o caderno e continuar minha procura pela lanterna. 
Achei! Não acredito, que bom!! Fui em direção á ela e quando consegui alcançar, algo passa pelos meus pés. Levo um susto e acabo caindo. Acho que caí no mesmo lugar que Liz.
Liz!! Eu havia me esquecido dela!! Comecei a gritar por ela e a me balançar quando de repente...
Acordo em minha cama. Olho no celular: 5:55 da manhã. Sério. Eu nunca acordava cedo. Principalmente num sábado. Que droga.
A noite passada foi um sonho, então? Nós não entramos em supermercado nenhum??
Me levantei e fui ao banheiro; fiz minhas coisas de sempre, a rotina de sempre. Mas algo parecia errado... Se não me engano, no dia em que decidimos entrar no supermercado, eu também havia acordado ás 5:55.... Volto para o meu quarto e preparo meu material para a escola, na segunda. Abro minha mochila para conferir as coisas á dentro e vejo o mesmo caderno preto, com a estrela azul na ponta. 
Corro para abrir e meu nome está lá mesmo. Tem até alguns desenhos que eu fazia nas aulas de matemática...
Folheio algumas páginas quando meu celular toca do nada, dou um curto gritinho de susto. O caderno cai no chão e eu corro para atender no celular. É Liz sugerindo no grupo do whatsapp que a gente fizesse alguma coisa diferente nesse sábado, porque ela estava com vontade de "se borrar de medo". Sim, ela realmente escreveu essas palavras. O resto da conversa seguiu em risadas e zoeiras na Liz por conta do vocabulário escolhido, mas no fim todos concordaram com a ideia, faltando somente minha opinião.
Mandei uma carinha de nojo e revirando os olhos, perguntando se eles tinham 18 ou 13 anos de idade. Outra série de risadas, mas a conclusão final foi que nos encontraríamos na mesma lanchonete de sempre, ás 19 horas. Bloqueei meu celular e voltei minha atenção ao caderno caído no chão.
Ainda era o mesmo caderno, mas algo estava diferente: a estrela azul não estava mais alí, no lugar era um coração rosa, com um círculo em volta. 
Abri novamente e na primeira página, além do meu nome, estava escrito:

Nada aconteceu. Volte a dormir e não concorde de jeito nenhum em fazer algum programa diferente hoje á noite. Compre um milk-shake para Liz; isso vai impedi-la de ter qualquer ideia ruim.

Fechei o caderno novamente e ao invés da ordem escrita nele, me arrumei e corri para a casa da Liz. Mandei uma mensagem para todos no grupo dizendo que a "coisa diferente" seria uma social com doces e porcarias na casa dela. No meio do caminho, joguei meu caderno numa caçamba perto da minha rua - avistei o caminhão do lixo mais á frente e dei graças á Deus por ter acordado cedo o suficiente para colocar o lixo antes de ele passar. 
Nada de levar sustos. Nada de invadir lugares abandonados. E nada de... Diários que preveem coisas.'

♦ ♦ ♦

Aí está. Será que vocês pelo menos se divertiram um pouco? Será que alguma parte valeu a pena? Hahahaha' Confesso que queria melhorar o final, mas não tive nenhuma outra ideia mais legal que essa, então fica assim mesmo.

PS: Todas as personagens, nomes e acontecimentos dessa história são fictícios. Qualquer semelhança com a realidade não passa de mera coincidência.

Fico por aqui e até o próximo post. Prometo que será um post de atualizações! Daqueles que canso meus dedinhos de tanto escrever! >--<
Bjs!

2 comentários:

  1. Adoreeeeeeeei!!!!! Primeiro porque vc criou uma verdadeira fanfic na postagem e depois porque tudo fez tanto sentido! Wow! Confesso que eu adoraria ter um diário que previsse o futuro, ia ser muito útil (mas se a condição fosse viver momentos aterrorizantes como os que vc descreveu, acho que seria melhor jogar o diário no lixo mesmo o_o)
    Tá de parabéns com essa história, ficou ótima!!!!!

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    Respostas
    1. Uwaaaaaa que bom que alguém gostou, hahahah
      Depois de ler umas 500 vezes, eu comecei a achar a história ruim. Quando a gente está escrevendo não pensa nessas coisas, só vai digitando tudo.
      Foi o que veio pra mim e acho que deu pra pelo menos imaginar a situação da personagem (que também preferiu não saber do futuro....)

      Obrigada mais uma vez, beijoooooo! ;*

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